Fundos soberanos acumulam Bitcoin enquanto varejo abandona o mercado, diz executivo da Coinbase

Fundos soberanos e outros investidores institucionais vêm acumulando ativamente Bitcoin (BTC) durante abril de 2025, mesmo enquanto os traders de varejo saem do mercado através de ETFs e mercados à vista, segundo John D’Agostino, chefe de estratégia da Coinbase Institutional.

Em uma recente entrevista à CNBC, D’Agostino comparou o Bitcoin ao ouro, destacando sua escassez, imutabilidade e natureza não soberana como atributos chave que o tornam um hedge atrativo contra a inflação monetária e a incerteza macroeconômica.

Países como El Salvador e Butão adotaram reservas nacionais de Bitcoin, comprando BTC ativamente para proteger seus cofres da desvalorização das moedas fiduciárias. Da mesma forma, municípios e governos estaduais propuseram legislações para acumular Bitcoin como proteção contra a inflação.

O setor corporativo também está adotando o Bitcoin como ativo de tesouraria. A empresa de Michael Saylor, Strategy (anteriormente MicroStrategy), transformou-se em uma empresa detentora de Bitcoin, inspirando outras como MARA, MetaPlanet e Semler Scientific a seguirem estratégias similares. Em 20 de abril, mais de 13 mil instituições tinham exposição direta à Strategy, com cerca de 55 milhões de beneficiários expostos indiretamente.

O valor de mercado do Bitcoin superou recentemente o do Google, colocando-o entre os cinco maiores ativos do mundo, à frente da Amazon e da prata. Esse marco destaca o crescimento do Bitcoin desde sua criação em 2009 e sua crescente aceitação como classe de ativo legítima.